Técnica Spare Roof Technique (SRT) do Dr. Miguel Gonçalves repara Bossa nasal

A técnica de rinoplastia desenvolvida pelo Dr. Miguel foi publicada na capa do “The Laryngoscope”, revista conceituada norte-americana fundada em 1890, é o principal meio de divulgação dos avanços nos diagnósticos e tratamento de patologias da área clinica, e na revista “ENTtoday” que pertence a sociedades cientificas norte-americanas da área as otorrinolaringologia.
Spare Roof Technique-SRT

A técnica é inovadora no contexto da rinoplastia de preservação desenvolvido ultimamente. O artigo divulgado apresenta resultados do estudo desenvolvido pelo Dr. Miguel no Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP), onde foram envolvidos 100 pacientes que foram submetidos à rinoplastia de preservação de superfície devido a presença de Bossa nasal, muito comum na população portuguesa.
A técnica com “visibilidade planetária”
O Dr. Miguel é responsável médico pela CHUP e esclarece que a técnica cirúrgica que começou a aplicar desde 2014 já havia sido publicada em outros artigos, mas reconhece que está é uma das publicações com maior reconhecimento no meio médico, pois a revista “The Laryngoscope” é líder no ranking da otorrinolaringologia mundial com artigos reconhecidos.
Dr. Miguel ainda garante que em breve sairá outro artigo mais abrangente com abordagem mais técnica sobre a bossa nasal e sua técnica de SRT.
Bossa do nariz
Uma das principais queixas da população caucasiana é relacionada à Bossa nasal, o alto no meio do nariz, podendo ter origem devido à falta de uma proteína inibidora do crescimento cartilagíneo na puberdade.

O defeito funcional implica na qualidade de vida dos pacientes, tanto na funcionalidade nasal como na estética. A correção da Bossa nasal deve ser total através da septorrinoplastia ou por meio da rinoplastia funcional.

A técnica criada pelo Dr. Miguel surgiu no âmbito de uma pesquisa realizada nos últimos anos sobre a utilização da rinoplastia em um conceito em que é possível realizar a rinoplastia estética nos pacientes com a queixa de Bossa baixando a elevação com a preservação do dorso nasal, melhorando juntamente a respiração.
Com a técnica é evitada a colocação de enxertos, que podem causar complicações, e todo o procedimento é mais rápido e estável se comparado às cirurgias tradicionais.
Como é feita a cirurgia de preservação na Bossa do nariz?
A área tratada é entre a zona de transição entre o osso e a cartilagem, a área mais considerável do nariz com relação à estrutura na rinoplastia. A região é conhecida como “área K” como abreviação para keystone, que é a pedra angular que firma o arco de uma ponte, que sem essa sustentação a estrutura desmorona.
A região é extremamente frágil e que em técnicas ultrapassadas era totalmente destruída para retirada da Bossa. O nariz implodia para dentro e era quase impossível estrutura-lo novamente.
Durante muitos anos, a técnica foi sendo aprimorada com o uso de enxertos, e utilizando o conceito de destruição e logo em seguida reconstrução, podendo ainda ser utilizada, mas são observados alguns desconfortos maiores ao paciente e maior tempo de cirurgia.

Embora desestruturar para estruturar tenha funcionado durante anos em peles mais grossas, na pele mais fina ou intermediaria os enxertos acabam sendo notados e podem até romper a pele, em alguns casos.
Entretanto, a rinoplastia de preservação, estabeleceu uma nova percepção de estruturação, pois mantem a suavidade do dorso natural enquanto é realizada a correção nasal.
O Dr. Miguel utilizou um novo conceito onde o nariz é “trabalhado por baixo”, onde a altura do septo é diminuída sem comprometer a ponte nasal. A abordagem consiste no rebaixamento do terço superior e médio nasal, essa técnica não utiliza enxertos ou retalhos e é bem mais rápida e segura, o que diminui os riscos e complicações da rinoplastia.
Engenharia na cirurgia
A cirurgia de preservação envolve conceitos de engenharia para analisar a estrutura e mate-la firme. A técnica foi desenvolvida juntamente com a equipe do departamento de engenharia mecânica da Universidade do Minho para que a cirurgia seja mais previsível, mais rápida, com um melhor resultado e sem a necessidade enxertos.
Resultados
O estudo foi realizado com 100 pacientes caucasianos (33 homens e 67 mulheres) com a média de idade de 32 anos e que foram submetidos à intervenção.

Eles realizaram uma autoavaliação do próprio nariz em três etapas: antes da cirurgia, três meses depois e um ano após o procedimento. Eles foram orientados a considerar os aspectos funcionais e estéticos e pontuar o resultado em uma escala de 0 a 10.
O resultado foi satisfatório e a avaliação obteve “muito bom”, e em comparação com os estudos do gênero a média subiu de 3,4 para 8,4.
Diferença entre as técnicas na rinoplastia
A septorrinoplastia é uma cirurgia diferente da rinoplastia realizada tradicionalmente, pois preserva a estrutura sem a necessidade de desconstrução nasal.

A técnica utilizada anteriormente removia praticamente toda estrutura do septo para realizar enxertia, o que era danoso e muitas vezes prejudicial á longo prazo.

A técnica de teto sobressalente (SRT) realizada no estudo confirma que a melhora da qualidade de vida dos pacientes em relação à funcionalidade e aparência do nariz evoluiu significativamente. O procedimento é considerado confiável com resultados consistentes e bons relacionados a rinoplastia de redução em pacientes caucasianos com giba dorsal.
Atuação do Prof. Dr. Miguel Gonçalves Ferreira
O Dr. Miguel é médico otorrinolaringologista com especialização em rinoplastia e cirurgia estética facial, Otoplastia, cirurgia da sinusite e cirurgia de cabeça e pescoço. Atualmente, Dr. Miguel atende na rede do Hospital Luz desde 2006.
Ele é licenciado em medicina pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (1993) e possui grau de especialista em otorrinolaringologia e cirurgia cérvico-facial (2001).
Resumo histórico profissional Dr. Miguel
- Investigador, AZVU – Amsterdam, Holanda (1993).
- Assistente Hospitalar de Otorrinolaringologia, no Hospital de Aveiro (2001-2003).
- Assistente Hospitalar de Otorrinolaringologia, no Hospital Geral de Santo António, Porto (desde 2001).
- Internato Complementar de Otorrinolaringologia, no Hospital Geral de Santo António, Porto (1994-2001).
- Otorrinolaringologista no Hospital da Luz Arrábida (desde Outubro de 2006).
- Assistente da Cadeira de Otorrinolaringologia, no Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto (desde 2006).
Fonte: SBCP http://www2.cirurgiaplastica.org.br/